sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Proposta de Projeto de Meio Ambiente e Desenvolvimento para Series Iniciais do Ensino Fundamental nas Escolas Municipais de Canhembora e Candonga, zona rural de Morretes

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MORRETES: ESCOLAS MUNICIPAIS DE CANHEMBORA E CANDONGA

Anecy Oncken, Escola Municipal Canhembora
Carlos Alberto Cioce Sampaio, UFPR-Litoral
Renato Bochicchio, UFPR-Litoral
Problemática: Modos de vida rurais, bem como seus modos de conhecimento e de produção, equivocadamente são desqualificados na ocasião que se comparam com modos de vida urbano, por não estarem associados às formas culturais ditas pós-modernas que remetem a indissociabilidade entre desenvolvimento e consumo. No entanto, diante do fenômeno denominado aquecimento global que sugere a
ação antrópica, sobretudo inspirada no modelo urbano-industrial-consumista, como desencadeadora deste, sem precedentes, das séries históricas apontadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, faz-se necessário conhecer e compreender a relação meio ambiente e desenvolvimento para propor e agir ações educativas, tais como vem se realizando na Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento na parte sudoeste da Microbacia do Rio Sagrado, zona rural de Morretes.
Princípio norteador: Traduzir esta problemática para o mundo das crianças de 6 a 10 anos a partir de práticas pedagógicas que sejam compatíveis com as séries iniciais do ensino fundamental.
Conceitos-chaves:
Consumo, tradicionalmente, pode ser compreendido como aquisição de bens e de serviços. No entanto, a partir do sistema econômico capitalista, surge a expressão sociedade de consumo, na qual remete a quase indissociabilidade entre consumo de produtos (bens e serviços comercializados como mercadorias para troca) e felicidade, remetendo a questões centrais como insaciabilidade de novidades e da obsolescência (desgaste) planejado (LIMA, 2010). Desenvolvimento, muitas vezes, é associado a crescimento econômico (remetendo ao conceito de desenvolvimento sustentado), como que a partir de uma riqueza acumulada se conseguiria promover também as dimensões social e ambiental. No entanto, pode ser compreendido como a construção de culturas sustentáveis, na qual a priori promove um desenvolvimento socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado (LEFF, 2009).
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas é estabelecido em 1988, pela Organização Meteorológica Mundial (sigla em inglês WMO) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para fornecer informações científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. A partir do estudo de 2007, os países signatários reconhecem que as mudanças climáticas vem sendo aceleradas pela ação antrópica, além da dinâmica natural (WMO, 2007). Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento (ZEE) tem como visão filosófica repensar as relações assimétricas tanto entre homem-natureza, traduzidas no tema meio ambiente e desenvolvimento, como entre os próprios homens nas suas relações sociais. Ela se inspira numa proposta de pesquisa-ação participativa, na qual se fomenta que a população local não aponte apenas as demandas da comunidade como também ajudem nas suas soluções práticas a partir de conhecimento local, complementado com o conhecimento científico e por tecnologias apropriadas ao território oportunizados pela equipe de pesquisadores (SAMPAIO, HENRIQUEZ, MANSUR, 2010).
OBJETIVO GERAL: Realizar práticas pedagógicas nas séries iniciais do ensino fundamental que enaltecem a conservação de modos de vida rural bem como seus saberes como promotores de um desenvolvimento sustentável nas comunidades do Rio Sagrado de Cima, Canhembora, Brejumirim e Candonga que compõem a parte sudoeste da Microbacia do Rio Sagrado, zona rural de Morretes.
Etapas necessárias para o alcance dos objetivos:
Professoras das Escolas de Canhembora e Candonga identificam conteúdos temáticos nas séries iniciais do ensino fundamental que podem ser associados ao tema meio ambiente e desenvolvimento;
Professores da UFPR e professoras das Escolas elencam atividades que compõem os modos de vida rural e identificar conhecimentos, competências e habilidades. A primeira atividade será com meliponídeos, oportunizando uma proposta em curso coordenada pela Profa. Anecy Oncken e Prof. Renato Bochicchio;
Professores da UFPR preparam conteúdos teóricos;
Professoras da Escola aplicam os conteúdos teóricos, preparam e aplicam as atividades práticas com as crianças. A propriedade rural de Maria Cristina dos Santos, no Candonga (Telefones: 9179-8905 ou 9208-6766), mãe de Tiago dos Santos (estudante do 1º Ano da Escola do Candonga), será utilizado como laboratório vivo de atividades práticas que compõem os modos de vida rurais. 

FOTOS DA PRIMEIRA REUNIÃO
No dia 14 de setembro, fizemos a primeira reunião para o desenvolvimento do projeto, na escola onde dou aula no período da manhã. Estiveram presentes o professor Sampaio e professor Renato da UFPR; a Diretora da Secretaria de Educação, Lorena; a Coordenadora das Escolas Rurais, Judite; aluna do curso Gestão e Empreendimento (UFPR), Alessandra de Souza da Silva; aluna do curso Gestão Imobiliária (UFPR) e eu.

Momento da reunião em minha sala
Uma pausa para a foto


Um comentário:

  1. fico bem bacana as fotos mas faltou meu nominho lah..hehheheh
    professora Anecy estou mandando alguns emails pra ti e nao sei se esta errado o email que nao consigo seu retorno eu mando pro seguinte email:aneoncken@yahoo.com.br
    meu email é deniselyma@gmail.com se a professora puder confirmar, por que podemos montar o cronograma das atividades para mandar para a Judite, e ja dar inicio as atividades.ok
    bjo grande
    Fica com Deus
    Otima semana

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