sábado, 5 de março de 2011

MIMEÓGRAFO OBSOLETO?

Quando fazia pós-graduação – Tecnologias Aplicadas à Educação – fui bastante discriminada por ser professora do Ensino Fundamental, da zona rural, principalmente pelos professores. Alguns doutores, alguns mestrados.
Recordo-me que ao fazer a pesquisa para a monografia, com o título – A importância do mimeógrafo nas escolas, na era da tecnologia – fui olhada por todos como uma pessoa utópica.
Teve professores que se recusaram a serem meus orientadores por acharem o tema chulo e fora de época. Ledo engano de todos.
No decorrer da pesquisa pude comprovar que sua utilização é muito grande em escolas urbanas e rurais,pela facilidade de manuseá-lo e também por falta de inclusão digital.
Certa vez, alguém me disse que a tecnologia chegará às escolas rurais com um atraso de 40 anos e os aparatos tecnológicos que chegarem já estará ultrapassado.
Fiquei muito satisfeita com o resultado positivo da monografia e os professores da pós comprovaram também, só depois de lerem uma matéria no jornal Folha de Londrina, que me presenteou com duas páginas (Folha Cidadania, 07 de Setembro de 2006, terça-feira, Folha de Londrina). Cinco anos depois da conclusão do curso, continuo usando o mimeógrafo com o mesmo entusiasmo da pesquisa. Nada mudou, os alunos interagem, gostam de ajudar, e mais ainda, o mimeógrafo continua como apoio pedagógico, principalmente na Matemática. A facilidade de “rodar” as atividades ajuda bastante o professor. Tenho certeza que se for pesquisar de novo, vou perceber que nada mudou, que algumas escolas tem computador, mas que continuam trancados no armário e o laboratório tecnológico continua apenas no projeto e  no sonho de muitos educadores.





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